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sábado, novembro 29, 2003

XLIV. «Os Maias», «A Linha de Sombra» e o «Equador» 

Ando com fome de livros.
Para um leitor compulsivo como eu, este tipo de ânsia, deve ser cabalmente aproveitada. Foi numa dessas ocasiões que devorei «A Utopia» de Morus e «O Príncipe» de Maquiavel, de uma assentada. Não sei quais as razões da escolha. Sei hoje, da importância e dos dividendos que se podem retirar, da leitura simultânea destas obras-primas da literatura.

Servindo-se da genial ideia do Leitura Partilhada (já aqui focado), barman, enunciará neste «cantinho da net», alguns dos livros que vai lendo ou leu, na tentativa de colher reacções e interpretações (pontuais ou mais elaboradas), sobre as obras literárias aqui colocadas.

Os livros que barman anda a (re)ler são «Os Maias», de Eça de Queiroz, «a Linha de Sombra» de Joseph Conrad e «Equador» de Miguel Sousa Tavares.

«Os Maias» constituíam uma das obras literárias obrigatórias no meu tempo de ensino secundário (não gosto desta terminologia). Não sei se mantém hoje. Presumo que o conteúdo do «Big Brother», por mais espremido que seja, não consiga dar conta do recado...
Certo é que, por essas alturas, vi-me e desejei-me para completar um trabalho de português, que tinha como pano de fundo, a obra de Eça de Queiroz. Não sei se pelo carácter excessivamente descritivo, se pelo tamanho do livro, ou pelo desfasamento das necessidades do espírito, terá sido tão fastidioso acompanhar os capítulos d’«Os Maias». Hoje releio-o com tamanho interesse e satisfação que se me deparam as seguinte questões: Há idades mais adequadas para à leitura de certos livros? Depende da mentalidade e da experiência de cada um?
Haverão, com certeza, muitos outras razões... Mas não deixa de ser curiosa, esta mudança de temperamento, perante uma «coisa» por nós (me and my school friends) baptizada dos mais injustos impropérios.
Saliento o facto da edição que leio ser a: 1ª ed. Porto : Livraria Internacional de Ernesto Chardron, 1888. 2v. É interessante seguir as mutações do português da época para o actual.

«A Linha de Sombra», veio-me parar às mãos via colecção «Mil Folhas». O nome de Conrad, não me era inteiramente estranho, contudo ainda me martirizo, por tão grave lacuna no «universo dos livros já lidos» por barman. Vislumbro infelizmente por aí, mais angústias similares a esta...

«Equador» está-se a revelar um pau de dois bicos. Depois de alguma celeuma à volta da obra de Tavares, seja pelos erros históricos já assumidos ou pelos considerandos de Pulido Valente, a sua leitura tem sido feita aos repelões.
No que respeita à «polémica» em redor do que disse Vasco Pulido Valente sobre «Equador», será interessante lembrar um livro da autoria de VPV – «Glória». O rigor histórico propalado pelo autor nessa obra – biografia de Vieira de Castro - poderá servir de base para justificar o «depoimento» sobre «Equador».

Espero agora, ansiosamente, impressões sobre os livros citados. Se elas não aparecerem, saberei retirar as devidas ilações.

Lembro o endereço electrónico: ouvidobarman@lavache.com



Nota: Lembro-me agora da altura em que li a «Utopia». Foi no tempo em que Cavaco Silva confundia Thomas Mann com Thomas Morus.

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