quarta-feira, novembro 26, 2003
XLIII. Uma Página em Branco
Preparo uma resma de folhas para colocar na impressora.
Fruto do acaso, uma folha desprende-se das demais e puxa-me os olhos para ela.
Aquele pedacinho de matéria, emanado do artifício humano, guarda uma longa história para contar. Dos genes de uma semente cresceu uma árvore, que emprestou parte de si, à folha vadia que fitava a minha atenção.
E agora? Imagino em jeito de fábula, a interpelação que ela me faz.
A tinta escorrerá pela sua textura macia, na esperança de uma união divina. Contudo, a crueza do espírito, aponta no sentido prosaico da sua utilidade.
Entretanto, iluminam-se em mim, recortes de prosa de um mágico das palavras. Um sábio do ardiloso puzzle das letras.
Reconforto-a com essa lembrança e fico com a certeza.
A certeza que a esperança, não é vã.
Obrigado Borges.
Fruto do acaso, uma folha desprende-se das demais e puxa-me os olhos para ela.
Aquele pedacinho de matéria, emanado do artifício humano, guarda uma longa história para contar. Dos genes de uma semente cresceu uma árvore, que emprestou parte de si, à folha vadia que fitava a minha atenção.
E agora? Imagino em jeito de fábula, a interpelação que ela me faz.
A tinta escorrerá pela sua textura macia, na esperança de uma união divina. Contudo, a crueza do espírito, aponta no sentido prosaico da sua utilidade.
Entretanto, iluminam-se em mim, recortes de prosa de um mágico das palavras. Um sábio do ardiloso puzzle das letras.
Reconforto-a com essa lembrança e fico com a certeza.
A certeza que a esperança, não é vã.
Obrigado Borges.