quinta-feira, novembro 13, 2003
XL. «Dogville», Lauro António e o mistério Kathleen
Escarafuncho para aqui maneira de falar sobre o filme de Von Trier, sem me fazer confundir com a crítica tradicional de um filme. Lauro António há só um e Kathleen Gomes tem aqui o seu “grupinho de fãs”. Não posso aspirar a tamanha ambição. Aliás, por falar em Lauro António, recordo o relato de um amigo que “cobria” o «Fantasporto»: “(...) reparo num quadro onde a organização do festival fazia corresponder o enviado especial ao respectivo órgão de comunicação social: “fulano tal” – «Expresso»; “sicrano xis” – «Público»; “fulano y” – «Jornal Notícias»; (...) e Lauro António – «A Bola»". Afinal, o contributo de Lauro na «TVI» era meritório, num contexto de rentabilização dos recursos humanos. "Let us see the trailer":
«Dogville», na minha humílima visão, lembra a história da montanha que pariu um rato. Há por lá material muito interessante para explorar. Barman atreve-se a dizer que a película expõe perspectivas capazes de despertar discussões sobre o que se entende por esquerda e direita; sobre a relação pai/filho; sobre os perigos de um mundo com horizontes fechados ou ainda sobre as misérias e as ilusões do Homem... Enfim, um sem número de temas.
Se nunca tivesse visto nenhuma outra obra do realizador dinamarquês, talvez ousasse dizer, que este era um filme a todos os títulos imperdível. Mas, fiquei com a sensação que Lars Von Trier usou de uma visão maniqueísta e de algum modo incoerente comparando «Dogville» com o seus trabalhos anteriores. Lembro-me de «Ondas de Paixão», «Os Idiotas» ou «Dancer in the Dark».Talvez a Selma interpretada por Bjork, já induza para um filme com as características de «Dogville». De qualquer modo pareceu-me estar a piscar o olho a gregos e a troianos [entenda-se europeus e americanos]. Porventura daí, se compreenda o “uso” de um naipe de tão reconhecidos actores. O que faziam por lá aqueles famosos interpretes de Hollywood? Nicole Kidman, apenas no fim, me convenceu ser a escolha adequada para o desempenho do papel. Só depois de caída a imagem angélica da personagem de Kidman, me convenci da impossibilidade do papel ser interpretado por uma Meg Ryan. O cinismo assenta que nem uma luva no rosto de Nicole [já se tinha visto em «Eyes Wyde Shut»]. E Bacall, se continua a prestar-se a tais papéis, bem poderá esperar sentada pela tão ambicionada estatueta. Do narrador, nem vale a pena dizer nada. Ficou claro o seu propósito.
Contudo é um filme recomendável. O barman que vos serve é que esperava mais "qualquer coisita". Vou redireccionar a exigência para o meu umbigo.
Nota1: Afinal, ainda há malta imune ao fenómeno [o umbigo há muito se demarcou da “coisa”]. A «XIS» pode ser vendida, revendida, oferecida, o “diabo a quatro”. Não pode é servir de argumento para defesa do «Expresso». A edição dos sábados do «Público» (como diz um amigo) já pesa qb.
Nota 2: Mas não faz mal ler as sinopses biográficas de Fernanda Pratas na “dita cuja” (veja-se o seu trabalho na «Grande Reportagem»).
Nota 3: Uma perguntinha à(s) menina(s): O “diminutivo” que usam para Kathleen Gomes é para não usarem o outro nome “natural” ou é a revelação de mais um membro do sexo forte [terminologia politicamente incorrecta]?
«Dogville», na minha humílima visão, lembra a história da montanha que pariu um rato. Há por lá material muito interessante para explorar. Barman atreve-se a dizer que a película expõe perspectivas capazes de despertar discussões sobre o que se entende por esquerda e direita; sobre a relação pai/filho; sobre os perigos de um mundo com horizontes fechados ou ainda sobre as misérias e as ilusões do Homem... Enfim, um sem número de temas.
Se nunca tivesse visto nenhuma outra obra do realizador dinamarquês, talvez ousasse dizer, que este era um filme a todos os títulos imperdível. Mas, fiquei com a sensação que Lars Von Trier usou de uma visão maniqueísta e de algum modo incoerente comparando «Dogville» com o seus trabalhos anteriores. Lembro-me de «Ondas de Paixão», «Os Idiotas» ou «Dancer in the Dark».Talvez a Selma interpretada por Bjork, já induza para um filme com as características de «Dogville». De qualquer modo pareceu-me estar a piscar o olho a gregos e a troianos [entenda-se europeus e americanos]. Porventura daí, se compreenda o “uso” de um naipe de tão reconhecidos actores. O que faziam por lá aqueles famosos interpretes de Hollywood? Nicole Kidman, apenas no fim, me convenceu ser a escolha adequada para o desempenho do papel. Só depois de caída a imagem angélica da personagem de Kidman, me convenci da impossibilidade do papel ser interpretado por uma Meg Ryan. O cinismo assenta que nem uma luva no rosto de Nicole [já se tinha visto em «Eyes Wyde Shut»]. E Bacall, se continua a prestar-se a tais papéis, bem poderá esperar sentada pela tão ambicionada estatueta. Do narrador, nem vale a pena dizer nada. Ficou claro o seu propósito.
Contudo é um filme recomendável. O barman que vos serve é que esperava mais "qualquer coisita". Vou redireccionar a exigência para o meu umbigo.
Nota1: Afinal, ainda há malta imune ao fenómeno [o umbigo há muito se demarcou da “coisa”]. A «XIS» pode ser vendida, revendida, oferecida, o “diabo a quatro”. Não pode é servir de argumento para defesa do «Expresso». A edição dos sábados do «Público» (como diz um amigo) já pesa qb.
Nota 2: Mas não faz mal ler as sinopses biográficas de Fernanda Pratas na “dita cuja” (veja-se o seu trabalho na «Grande Reportagem»).
Nota 3: Uma perguntinha à(s) menina(s): O “diminutivo” que usam para Kathleen Gomes é para não usarem o outro nome “natural” ou é a revelação de mais um membro do sexo forte [terminologia politicamente incorrecta]?