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sexta-feira, setembro 19, 2003

XXII. Falinhas mansas 

Lembrando o dito, “m’espanto as vezes, outras m’avergonho”.

Como o tempo não dá para tudo, é natural passar à margem de certas situações do quotidiano. Ajudem-me os estimados leitores a interpretar o que se segue. Acabo de assistir às provas de selecção do programa televisivo “Ídolos”. Gerou-se a dúvida. As referidas provas são reais ou forjadas?

Sabendo que se vive neste país, com a ilusão que tudo tem de ser resolvido com falinhas mansas, afinei o ouvido para aferir do que realmente se passava diante dos olhos. Sabem aqueles mais experimentados na vida, que esse é, seguramente, um dos factores atávicos ao desenvolvimento do país. Tornear o essencial para não ferir susceptibilidades é a especialidade aqui do “burgo” (porventura vêm daí os bons resultado da lusa diplomacia).
É crucial para o crescimento individual e colectivo ter a noção das virtudes e dos defeitos. E olhar de frente para eles. Para isso é necessário um sistema que saiba diagnosticar as falhas e as potencialidades e que depois ajude a minorar as primeiras e a desenvolver as segundas.
Este podia ser, o objectivo de uma ou mais legislaturas governamentais. E quando se fala em diminuir para metade, no espaço de sete anos, a distância que separa o país dos parceiros europeus em termos de produtividade, mais não se está, do que a tocar na coisa (pipi, desculpa o plágio).

Barman atreve-se a dizer que alguns, dos que leram o post até aqui, já vociferam contra autor de tão insensíveis rabiscos. «Não me digam que este tipo vai dizer que o programa televisivo tem um carácter pedagógico?!».

Claro que não. Estarrecido fiquei ao ver a forma como foi “despachado” um dos concorrentes. Com toda a virtual audiência televisiva a assistir. Só faltou dizerem “Opah! És uma merda. Se fosse a ti matava-me”.
Como dizia o “Remédios”: não havia "nechechidade". Há incontáveis maneiras de dizer não.



PS: O Homem a Dias desiludiu-me. Então, não é que se inspirou no Herman e colocou à vista de todos mais um case study?! Oxalá me engane. Mas parece-me que os suicídios vão aumentar nos próximos tempos.

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