sábado, agosto 30, 2003
XV. Espelho meu...
O Ripas é daqueles amigos que, quando requerido a emitir opiniões, deixa o mais preparado dos interlocutores num contínuo desenrolar de “Améns”.
Há dias resolveu parodiar com o barman de serviço.
- Então rapaz! Parece que tens desencravado a língua por aí. Ou melhor as falanges. Muito bem! Desconhecia era esse teu talento para imitares o nosso Presidente. Aquela tirada do: “Há um grupo de preconceitos que inquinam a desejável democratização da expressão do pensamento”, foi sublime!
Bem, aqui o barman desfez-se em considerandos - Isto é uma maneira de praticar o português, de estruturar ideias e por aí fora. Barman já se sentia satisfeito por Ripas não prolongar a sua observação. Mas este continua.
-É bom reconhecer que ainda tens de pedalar um bocadito para conseguires expressar uma ideia de forma estruturada e bem escrita. E que dizer daquele título, “Impessoalidade e Ideias”? Por momentos julguei estar a ler o Boaventura S. Santos. E há por aí muitos assuntos que bem podiam ficar esquecidos, algures na massa cinzenta. Que história é essa de vincares o teu “portismo” e achincalhares o glorioso? Um barman não tem clube, não se manifesta, abstém-se do uso de opinião. Um barman é por natureza congraçador - discorria em tom jocoso.
– E, caro barman, sabes que nutro por ti profunda consideração - «Certo, certo, acabaram-se os números de telemóvel das meninas “sveltess”» - pensou barman. - Mas sabes que deambular por terras desconhecidas pode reservar um mar de incertezas e de perdições. - «Paternalismo, a esta hora? Por hoje “no more” daiquiris».
-Sabes B., tenho aqui um bico de obra. Uma menina de boas famílias, acabou de me enviar a seguinte mensagem: N keru acordar c/ mana ao lado. Tété tá q n pode. Lili over c/ Alberto. Conto ctg. Jinhu! Lu.
- Então qual é o problema? – pergunta B.
-Sabes bem qual é o problema...
-Ah! Isso! Compreendo. Tenho um amigo que me disse qualquer coisa como isto:
“Deambular por terras desconhecidas, pode reservar um mar de incertezas e de perdições”...
Há dias resolveu parodiar com o barman de serviço.
- Então rapaz! Parece que tens desencravado a língua por aí. Ou melhor as falanges. Muito bem! Desconhecia era esse teu talento para imitares o nosso Presidente. Aquela tirada do: “Há um grupo de preconceitos que inquinam a desejável democratização da expressão do pensamento”, foi sublime!
Bem, aqui o barman desfez-se em considerandos - Isto é uma maneira de praticar o português, de estruturar ideias e por aí fora. Barman já se sentia satisfeito por Ripas não prolongar a sua observação. Mas este continua.
-É bom reconhecer que ainda tens de pedalar um bocadito para conseguires expressar uma ideia de forma estruturada e bem escrita. E que dizer daquele título, “Impessoalidade e Ideias”? Por momentos julguei estar a ler o Boaventura S. Santos. E há por aí muitos assuntos que bem podiam ficar esquecidos, algures na massa cinzenta. Que história é essa de vincares o teu “portismo” e achincalhares o glorioso? Um barman não tem clube, não se manifesta, abstém-se do uso de opinião. Um barman é por natureza congraçador - discorria em tom jocoso.
– E, caro barman, sabes que nutro por ti profunda consideração - «Certo, certo, acabaram-se os números de telemóvel das meninas “sveltess”» - pensou barman. - Mas sabes que deambular por terras desconhecidas pode reservar um mar de incertezas e de perdições. - «Paternalismo, a esta hora? Por hoje “no more” daiquiris».
-Sabes B., tenho aqui um bico de obra. Uma menina de boas famílias, acabou de me enviar a seguinte mensagem: N keru acordar c/ mana ao lado. Tété tá q n pode. Lili over c/ Alberto. Conto ctg. Jinhu! Lu.
- Então qual é o problema? – pergunta B.
-Sabes bem qual é o problema...
-Ah! Isso! Compreendo. Tenho um amigo que me disse qualquer coisa como isto:
“Deambular por terras desconhecidas, pode reservar um mar de incertezas e de perdições”...