<$BlogRSDUrl$>

segunda-feira, agosto 25, 2003

XIII. Ser ouvido 

Não devesse lealdade a quem clama por um ouvido, e histórias havia a explorar. Mau grado, muito do que ouve se dilui no imenso campo das memórias. Ainda bem.
É bom lembrar as sensações de felicidade da vida, mas é bem mais importante não ser perseguido pelas negras recordações do passado. São demasiadas as palavras que ficam encravadas no interior de cada um de nós, e que teimam em não se soltar ao mundo.
Muitos precisam de dizer. Poucos sabem escutar.
É reconfortante saber que o simples acto de ouvir sem nada dizer, pode fazer toda a diferença.
Sei que sou ouvido de quem devia ser ouvido, mas não por mim.
Sei que era bom sentir de novo a ingenuidade da inocência para disfarçar o rosto do prenúncio tormentoso e sombrio.
Sei que sou a última companhia de um espírito suplicante a quem empresto o meu silêncio.
Só não sei dar a resposta, que todos desejam ouvir...

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Clientes: